sábado, 5 de janeiro de 2013

Não é apenas mais uma morte de um negro pobre!




Morte de universitário cercada de mistério. Com esse título o Diário de Pernambuco noticiou a morte de Raimundo Matias Dantas Neto, conhecido como Samambaia. Esse estudante de origem popular (EOP) foi motivo de muita alegria na Escola Pública Áurea de Moura Cavalcanti (em Olinda), quando foi aprovado no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2008. Três anos depois tentou uma bolsa no Programa Conexões de Saberes – Diálogo entre a universidade e as comunidades populares.

Na quarta-feira passada, saiu de casa para comprar um notebook no Centro do Recife. Na manhã da sexta-feira, seu corpo foi encontrado na praia de Boa Viagem, em frente ao edifício Brigadeiro Eduardo Gomes.

O que podemos fazer numa situação dessas? Era um negro da periferia. E se fosse seu filho, seu irmão, seu amigo? Você apenas choraria trancado(a) no seu quarto?

Agora há pouco, a professora Dayse Cabral de Moura, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - Neab, informou que, após falar com Edilson Fernandes, Pró-reitor de Extensão, sobre o caso do estudante, a reitoria e todas as pró-reitorias foram contactadas. Hoje pela manhã um profissional da UFPE foi ao IML e à delegacia, para acompanhar o caso. A família constituiu um advogado para contestar a causa da morte e, por isso, o enterro foi adiado. A UFPE está se disponibilizando a apoiar o esclarecimento e contribuir com as despesas do enterro.

Podemos também fazer algo consequente: encontrar as pessoas num ato de solidariedade e de busca coletiva de caminhos.

Neste domingo, 06/01, às 16 horas na Praça do Derby, amigos de Samambaia (Raimundo) e pessoas de boa vontade irão se reunir e discutir ações para que essa morte não seja mais um número nas estatísticas da impunidade.

Não precisa ser amig@ pessoal dele. O que conta é a sua indignação e apoio. Participe!

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